Claro que não! Respeito é algo básico, assim como a educação. Ninguém é melhor do que ninguém. Somos todos iguais, independentemente da profissão ou do dinheiro. Recentemente, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, empurrou um cinegrafista ao fim de um jogo e, na coletiva, afirmou que era o cinegrafista quem deveria desviar dele. As imagens mostram nitidamente Abel passando pelo cinegrafista e dar um tranco no profissional, que estava apenas trabalhando. Isso não foi um caso isolado, já aconteceu em outras ocasiões. Um absurdo!

Temos presenciado ataques recorrentes e respostas agressivas do treinador, que parece estar constantemente de mau humor e com má vontade durante o trabalho. Sempre amargo e grosso com as pessoas. Suas atitudes demonstram falta de respeito e educação. Nada justifica esse tipo de comportamento. Abel poderia adotar posturas diferentes, transmitindo valores positivos. Detalhe: ele é o melhor técnico em atividade no Brasil, com um trabalho que merece elogios à frente do Palmeiras, mas no campo pessoal, ele se perde.
Nas coletivas, parece estar em guerra com a imprensa. Em algumas situações até justifica uma resposta áspera, porém, Abel se comporta como o “Senhor da Guerra e do Conflito”. Xinga árbitros de maneira desrespeitosa e, em várias ocasiões, tentou dar lições de moral aos brasileiros. No entanto, quando tem a chance de se comportar corretamente, age de forma oportunista. No jogo contra o Cruzeiro, por exemplo, a bola saiu e ele rapidamente a entregou ao seu jogador para obter vantagem no lance, contrariando o princípio do fair play. Ele poderia ter esperado que o próprio jogador pegasse a bola. Ou seja, paga de bom moço e de defensor da ética, mas, quando surge a oportunidade, não dá o bom exemplo.
É lamentável, pois, em muitos momentos, ele expressa, dizendo viver e trabalhar no Brasil é quase um fardo. Essa é uma postura ingrata, considerando o acolhimento que recebeu do povo brasileiro. Abel perde oportunidades de gerar bons debates e transmitir reflexões que poderiam “enriquecer” as pessoas. No futebol, ele é uma referência, mas, infelizmente, parece valorizar apenas certos aspectos da vida.
A vida é muito mais do que conquistas pessoais; é também sobre fazer o bem, praticar o bem e gerar situações positivas para o próximo. Diante disso, só me resta fazer uma coisa: rezar uma Ave-Maria e um Pai-Nosso para o Abel ser mais humano e menos arrogante. Amém!