O Rei representa a nobreza, o poder, a exuberância, imponência e a realeza. Existem algumas pessoas que tem o nome Reinaldo e são chamadas na intimidade de Rei. Tenho certeza de que você conhece algum. Mas tem um Reinaldo que, faz jus ao título de Rei. Falo de um gigante, um gênio, ídolo e para muitos, o maior jogador da história do Atlético. José Reinaldo de Lima, o Rei! O Rei simboliza também a magia, o lúdico, o intangível, o sonho e o coração. Reinaldo representou tudo isso dentro de campo com a camisa do Atlético.
A genialidade de Reinaldo fez com que seu futebol fosse reconhecido por vários craques, entre eles, Zico, que disse uma vez que, ele foi o jogador mais genial que viu jogar. Reinaldo, sem dúvida, está entre os maiores da história, ao lado de Ronaldinho Gaúcho e Hulk. Antes dele, outros ídolos fizeram história, como o artilheiro Mário de Castro, o meteoro Guará, Ubaldo Miranda, o homem dos gols espíritas e que tantas vezes foi carregado pelos torcedores e o folclórico Dadá Peito de Aço. Eles abriram o caminho e pavimentaram o coração de gerações de atleticanos. Depois destes craques, Ronaldinho Gaúcho mostrou o Atlético ao mundo e conquistou a Libertadores. Mais recentemente, Hulk, que tantos jogos decidiu e ganhou títulos de expressão. Ele se tornou fundamental e carregou em muitos momentos, o Galo nos ombros. Essa turma compõe uma galeria especial de grandes jogadores. Cada um tem sua relevância, mas Reinaldo para mim, é o maior da história do Atlético. Muitos torcedores iam ao campo para ver o Rei e até cruzeirenses o acompanhavam. Ele era atração por onde passava.
Quando o jovem menino Reinaldo aportou no Atlético, encantou a todos e muito novo começou a jogar no time titular. Infelizmente, foi caçado sem piedade pelos adversários. Teve os joelhos comprometidos em função das pancadas desleais que levou. Se Reinaldo jogasse nos dias de hoje, atuaria até os 50 anos, em função dos avanços da medicina e da tecnologia. O jogador muito novo encantou o escritor Roberto Drummond, que o apelidou de Baby craque. Roberto sempre enaltecia o gênio nas colunas dos jornais em que escrevia. Os torcedores esperavam as palavras sobre o atacante depois dos jogos. Era um verdadeiro ritual saber a opinião do escritor.
Reinaldo foi o porta voz da esperança e um ilusionista, ludibriando os adversários e encantado o mundo, seja com a camisa do Galo ou com a da Seleção Brasileira. Ele disse uma vez que um lenço era um latifúndio, e, na verdade, o craque não precisava de muito espaço para driblar ou fazer seus belos gols. Reinaldo é o Rei que emociona e traz o manto da humildade, comungando com seus devotos e mostrando poesia nos lances que ficaram eternizados dentro de campo. Por tudo isso, vida longa ao Rei!