O jornalismo nas comunidades é mais do que cobertura de fatos: é presença, pertencimento e transformação social. Onde muitas vezes o poder público falha em chegar, a informação chega. E não apenas como relato, mas como instrumento de cidadania, denúncia e valorização das histórias locais.
A atuação da imprensa dentro das periferias e vilas é fundamental para romper o silêncio histórico imposto a essas regiões. É através do jornalismo que moradores conseguem denunciar problemas estruturais, como, por exemplo, falta de saneamento básico, abandono de escolas, transporte precário ou violência cotidiana. É por meio dele que cobranças são feitas, que as autoridades são pressionadas, que as mudanças começam a acontecer.
Mas o jornalismo comunitário vai além da denúncia. Ele também revela a potência das comunidades. Mostra os artistas que surgem no beco, os empreendedores que fazem do improviso um negócio, os projetos sociais que salvam vidas sem nenhum apoio institucional. Valoriza a cultura local, dá nome aos heróis anônimos e cria uma narrativa onde o povo é protagonista, não apenas vítima.
Em tempos de desinformação, o jornalismo nas comunidades também cumpre um papel educativo. Ajuda a combater boatos, explica direitos, orienta sobre serviços públicos e estimula o pensamento crítico. Aproxima o cidadão das decisões que impactam seu dia a dia, de forma clara, direta e acessível.
É por isso que o jornalismo nas comunidades precisa ser fortalecido. Porque ele não apenas informa, ele empodera. E onde há informação com responsabilidade, há resistência, voz e movimento.