Atlético-MG enfrenta crise financeira: sem aportes, clube segue enxugando gelo

Enquanto não houver aportes, o Atlético seguirá enxugando gelo.

 No último sábado (7), um dos acionistas da SAF do Atlético, Rafael Menin concedeu uma longa entrevista, que durou cerca de três horas, na Arena MRV. Logo na primeira pergunta da coletiva de imprensa, o investidor foi questionado sobre a dívida atual do Galo que, ao contrário da proposta de uma SAF de reduzir a dívida, vem aumentando nos últimos anos. No último mês, o clube divulgou o balanço financeiro da SAF com a dívida estipulada em R$ 1,3 bilhão. 

Quem esteve, assim como eu, presente na coletiva, e também quem assistia pelo YouTube, pode acompanhar uma longa resposta que durou exatos dez minutos e 14 segundos. A primeira resposta já indicava qual seria o tom da entrevista: longas respostas que divagavam e não tinham o interesse de serem objetivas. 

Depois de cerca de três horas de coletiva, o que ficou claro para aqueles que acompanharam foi: se não houver um aporte milionário no Atlético, o clube seguirá enxugando gelo e a bola de neve pode ficar ainda maior. “O resultado esportivo da SAF é o melhor da história do Atlético”, alegou Rafael Menin. É uma afirmação que não como contrariar. Mas qual o preço disso tudo? O desempenho esportivo está acima do balanço financeiro a qualquer custo? Até quando isso poderá ser sustentado pelo clube?  

Em certo ponto da coletiva, Menin falou em “equilibrar os pratinhos” das finanças e da competitividade. No entanto, neste momento, o que parece é que o clube não consegue equilibrar nenhuma das duas questões. Financeiramente, a dívida atleticana aumenta mesmo diante da maior receita do Galo na história, registrada no ano passado. No que diz respeito a uma equipe competitiva, o Galo perdeu peças importantes para este ano e não conseguiu se reforçar bem a ponto de ter um elenco que é top 3 do futebol brasileiro hoje.  

Diante dessa falta de equilíbrio, é difícil dizer onde o atleticano pode encontrar esperanças. Hoje, o cenário das dívidas é preocupante e, como apresentado pelo próprio Menin, “não tem prazo [para resolução]” e “é um processo muito complexo”. No entanto, a conclusão final dele, dos jornalistas e dos torcedores é única: sem aporte não há salvação.  

Por Sara Zeferino | Jornalista
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