As Cabulosas e a Revolução

Dia 7 de setembro, Dia da Independência no Brasil, mas, especificamente neste ano de 2025, comemoramos outro feito: o recorde de público no futebol feminino em Minas Gerais. Cruzeiro e Corinthians se enfrentaram na Arena Independência pelo jogo de ida da final do Campeonato Brasileiro Feminino e 19.165 torcedores estiveram presentes no estádio. Em Cruzeiro e Palmeiras, pela semifinal da competição, foram 13.533. No dia da Independência, o futebol feminino mostrou que está indo para o seu próprio caminho, construindo sua própria história, sem aquele pensamento rodeado por pena. 

Em 2020 e 2021 eu acompanhei o time feminino do Cruzeiro mandando seus jogos no Sesc Venda Nova, com um público que sequer chegava a 50 pessoas. Hoje, a realidade é totalmente diferente, ainda bem. É lindo ver como a história se construiu nesses últimos anos e como as Cabulosas hoje aparecem como protagonistas no cenário nacional.  

Gestões que valorizam 

O Cruzeiro não chegou a esta final por pura sorte ou coincidência do destino. Duas gestões merecem os parabéns e o reconhecimento por isso: a de Ronaldo Fenômeno que, ao adquirir a SAF do Cruzeiro, trouxe a competentíssima Kin Saito para ser diretora do futebol feminino. Kin, em conjunto com Bárbara Fonsesa, hoje a responsável pelo departamento, revolucionou a categoria feminina do Cruzeiro. Os parabéns também se estendem a Pedro Lourenço, atual sócio majoritário da SAF cruzeirense, que deu sequência ao investimento e a atenção devida com o futebol feminino.  

Torcedor mais identificado 

Após o empate em 2 a 2 contra o Corinthians no primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro Feminino, o técnico das Cabulosas, Jonas Urias, exaltou o recorde de público e a importância do torcedor cruzeirense se identificar cada dia mais com o futebol das mulheres. 

“É muito bonito presenciar isso, é um privilégio muito grande como treinador. Em tão pouco tempo nós estarmos diante de um recorde dentro de Minas Gerais, de um torcedor cada vez mais identificado com um time de futebol feminino”, comemorou o treinador. 

Jornalista: Sara Zeferino 

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