O Brasil bateu recorde em 2024, com mais de 600 mil jovens contratados como aprendizes. A aprendizagem profissional é a única forma legal e protegida de inserção de adolescentes no mercado de trabalho — com carteira assinada, jornada reduzida, formação teórica e todos os direitos garantidos.
Mais do que estatística, a aprendizagem transforma vidas. Stacy Luiz tem 16 anos, mora no bairro Nova Floresta, em Belo Horizonte, e hoje é jovem aprendiz. Ele conta que a experiência tem sido “bastante gratificante” e que a oportunidade trouxe impactos reais para sua família e autoestima. “Eu consigo ajudar financeiramente, dando o vale-refeição para os meus pais e comprando as minhas próprias coisas”, relata, orgulhoso da independência que começou a conquistar.
Para Christiane Azevedo, coordenadora do Projeto de Inserção de Aprendizes no Trabalho na SRT/MG, a aprendizagem é uma política pública essencial: “A aprendizagem tira adolescentes da vulnerabilidade, garante direitos e ainda qualifica esses jovens para o mercado. É inclusão com dignidade.”
Apesar dos avanços, muitas empresas ainda descumprem a cota obrigatória de aprendizes, que varia de 5% a 15% do quadro de funcionários em funções que exigem formação. A fiscalização existe, mas o engajamento das empresas é fundamental.
Aos jovens, fica o recado: essa pode ser a sua chance de mudar de vida. Às famílias, vale o incentivo. E às empresas, a oportunidade de fazer parte dessa transformação.
Jornalista: Erlaine Grace