No dia 25 de julho, condutores de todo o país celebram o padroeiro dos motoristas: São Cristóvão. Em Belo Horizonte, a data teve um significado ainda mais especial. A Paróquia São Cristóvão, localizada na região da Lagoinha, completou 75 anos de história, fé e evangelização. E, como já é tradição, a programação incluiu a bênção dos veículos, um dos momentos mais esperados pelos fiéis que passam pela porta da igreja pedindo proteção para suas viagens e para a vida.
Durante a celebração, o padre Sebastião Diogo destacou que o mais importante não é o carro, mas a pessoa que está sendo abençoada. “A partir da bênção sobre o fiel, tudo que ele toca também é abençoado. Que cada motorista leve um pouco de São Cristóvão no coração”, disse.
O santo, segundo a tradição cristã, viveu entre os séculos III e IV e ficou conhecido por ajudar pessoas a atravessar um rio. Um dia, carregou nos ombros uma criança que se revelou ser o próprio Cristo. Por isso, São Cristóvão tornou-se símbolo de proteção nas travessias, desde os tempos em que não existiam automóveis. É por esse motivo que ele foi escolhido como padroeiro dos motoristas e dos viajantes.
Além das celebrações religiosas, a data trouxe também memórias marcantes. O apresentador Acir Antão, que acompanhou a cobertura do evento, lembrou a trajetória da paróquia, desde os tempos em que a igreja era uma pequena capela. Ele também homenageou o saudoso padre José de Souza Nobre, que por muitos anos celebrou missas festivas no local. Padre Nobre era conhecido não só por sua atuação religiosa, mas também por sua participação política: foi deputado federal e autor de livros.
Neste ano jubilar, em que a Igreja vive os 2025 anos da Encarnação do Senhor, a Paróquia São Cristóvão celebra não só uma data no calendário, mas uma caminhada de fé e serviço à comunidade.
Em uma cidade com trânsito tão desafiador como Belo Horizonte, a pergunta que ecoa é: como seria o nosso dia a dia se todo motorista carregasse consigo um pouco da fé, da paciência e da missão de São Cristóvão?
