O início da temporada de 2025 não era nada animador para o torcedor do Cruzeiro: o cruzeirense viu o técnico Fernando Diniz ser demitido ainda no Campeonato Mineiro. Com Diniz no comando, a Raposa disputou 20 partidas, vencendo quatro, empatando nove e perdendo outras sete. O aproveitamento do treinador no período foi de apenas 35%.
Os cruzeirenses se questionavam: como este time, repleto de grandes nomes do futebol brasileiro, não embala? A resposta apareceu pouco tempo depois: havia uma falta de organização interna no clube mineiro, falta de um comandante que entendesse onde estava pisando, o que impactou diretamente o desempenho do time dentro de campo.
No dia 4 de fevereiro o técnico Leonardo Jardim foi anunciado pelo Cruzeiro como o novo comandante da equipe. Àquela altura, muitos não conheciam o treinador português e questionavam se ele seria o nome certo para levar o Cruzeiro de volta onde o torcedor sempre esteve acostumado: na luta por títulos.
Jardim teve um início difícil no Campeonato Mineiro e foi cercado novamente por questionamentos. Mas pouco depois o português conseguiu se provar à diretoria, aos jogadores e à torcida. Hoje o técnico tem a maior invencibilidade da Série A, com oito jogos sem perder, tendo vencido adversários diretos como Flamengo e Palmeiras.
No último final de semana, a vítima foi o Grêmio, goleado por 4 a 1 no Mineirão. Perguntado se o Cruzeiro é favorito ao título, Jardim disse “não podemos criar expectativas que o Cruzeiro foi feito para ser campeão. O Cruzeiro foi feito para ser competitivo e chegar à Libertadores”. Permita-me discordar, senhor Jardim, mas quem assiste este Cruzeiro jogar sabe que o cruzeirense pode criar expectativas. Depois de arrumar a casa, o técnico português faz a Raposa voltar ao que pode ser o caminho do título.
