Impactos ambientais nas comunidades: quando a natureza cobra seu preço

As comunidades, sobretudo as mais vulneráveis, estão cada vez mais expostas aos efeitos das mudanças ambientais. Chuvas intensas, secas prolongadas, queimadas e deslizamentos de terra são apenas algumas das consequências visíveis do desequilíbrio ambiental que afetam diretamente o cotidiano da população. 

Quando o meio ambiente adoece, a comunidade sente. A falta de saneamento básico, a contaminação da água e do solo, e o acúmulo de lixo comprometem a saúde pública, favorecendo doenças como dengue, leptospirose e infecções respiratórias. Além disso, os desastres naturais afetam moradias, provocam perdas materiais e, em muitos casos, tiram vidas. 

Durante entrevista no Conta Pra Gente, o ativista climático Júlio Fessô, morador do Morro do Papagaio, fez um alerta importante: “Não dá pra falar de meio ambiente sem incluir as favelas. A COP30 tá aí, mas não chega nas quebradas. E ainda querem empurrar esse PL da Devastação, que só favorece quem destrói. A gente precisa de ação de verdade, que saia do papel.” 

 A fala de Júlio escancara uma realidade ignorada: a justiça climática precisa alcançar quem está nas margens. É urgente fortalecer políticas públicas que promovam educação ecológica e incentivem soluções sustentáveis dentro das próprias comunidades. 

Cuidar do meio ambiente é cuidar da vida, da dignidade e da permanência das pessoas em seus territórios. Afinal, quando a natureza é destruída, quem paga a conta são, quase sempre, os que menos contribuíram para isso. 

Jornalista: Erlaine Grace
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